Uma parede branca ergue-se em frente daquele gesto simples mas desesperado. Resta apenas a sombra das duas mãos que aguardam que alguma parca abundância caia.
Algo que lhes ajude a superar a dificuldade dos dias, dureza que turva a visão e parece uma infinitude.
O gesto mantém-se, rígido, estático, as palavras que o acompanham cada vez menos se ouvem, apenas as duas mãos e a parede branca intransponível defronte delas permanecem. A espera de receber prolonga-se e tudo se esbate perante o cansaço do corpo fatigado.
quarta-feira, 31 de março de 2010
Receber (Ou A Indiferença...)
domingo, 21 de fevereiro de 2010
A corrosão do tempo
A luz entra pelas paredes iluminando o pêndulo que poderia ser de um relógio, mas não, é um cabo de aço suspenso que marca o movimento.
A mina não funciona há muito, mas a azáfama sente-se. A corrosão do tempo ainda não parou tudo, ou será ela a trabalhar?
Foto tirada nas Minas do Lousal.
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